quinta-feira, 26 de julho de 2012

O que é a santidade?

Mais do que mirabolantes façanhas místicas ou heroísmos de faquir, asantidade consiste numa correspondência de amor. Trata-se de descobrir a presença de Deus em tudo, dando-lhe glória por meio das mais corriqueiras realidades do dia a dia. 

O que é que os santos fazem para chegar à santidade? Duas coisas. Por um lado, ficam longe de tudo o que os impede de entrar pelos caminhos da graça e, por outro, dirigem-se diretamente a Deus. Mas fazem tudo isso pela glória do Senhor, não por algum proveito que possam obter. Eles são os que “buscam, antes, o Reino de Deus” – mais pelo Rei do que por eles próprios – e estão dispostos a esperar o tempo que Ele quiser até o dia em que “todo o resto lhes será dado por acréscimo” (cf. Mt 6,33).

Os santos, portanto, não tratam de fazer coisas especialmente santas (como ferozes penitências, passar noites inteiras ajoelhados, milagres, profecias, êxtases na oração); tratam de fazer tudo de um modo especialmente santo, exatamente do modo como Deus quer que o façam. Para eles, a única coisa do mundo que importa é a vontade do Pai. Sabem que a cumprindo estarão imitando Nosso Senhor, manifestando a caridade e sendo fiéis ao que há de melhor em si mesmos.

Tudo isso pode ser um grande estímulo para nós, pois mostra que o nosso serviço a Deus não depende de como nos sentimos, mas de como o Senhor olha para o que fazemos. Não depende de que os nossos atos pareçam heroicos, mas da nossa disposição em deixar que Ele tire heroísmo de nós; não depende de que conquistemos, à nossa maneira, uma meta que nos faça merecedores do título de “santo”, mas de que sigamos, com total confiança, o rumo marcado pela vontade do Senhor.


A santidade – como tudo na vida – deve ser encarada do ponto de vista de Deus; não do ponto de vista do homem. Viemos do Senhor, existimos por Ele. A nossa santidade também deve vir d'Ele e existir para Ele. Cremos que a finalidade do homem, da vida, da criação é a glória do Senhor. Mas o que isso significa para nós? O que é “glória” afinal?

Santo Agostinho diz que a glória é um “claro conhecimento unido ao louvor”. Mais do que, simplesmente, explicar o que ela é, essa expressão nos diz o que temos de fazer em relação a ela, ou seja, a maneira que devemos glorificar a Deus. Louvar o Senhor na oração é glorificá-Lo; servir ao próximo na caridade, também o é. Querer seguir a Cristo e cumprir Sua vontade é dar-Lhe glória.

Cristo Nosso Senhor, que é a Santidade em Pessoa, mostrou-nos como deu glória ao Pai durante a Sua vida terrena: "Eu glorifiquei-Te na Terra, consumando a obra que me deste a fazer (Jo 17,4). Que obra era essa? Muito simples: a vontade do Pai. É claro que isso implicou fazer muitas coisas específicas – como pregar, fazer milagres, fundar a Igreja, sofrer a Paixão –, mas todas se resumem no cumprimento fiel da vontade do Pai.

Quando, próximo do fim, Jesus disse na cruz: "Tudo está consumado" (Jo 19,30), não estava querendo dizer que Sua vida chegava ao fim, mas que a obra encomendada pelo Pai, a tarefa de cumprir em tudo a divina vontade, estava, agora, perfeitamente concluída e já não restava mais nada a fazer.



Hubert von Zeller
http://www.quadrante.com.br/26/07/2012 - 08h00


João 15 1:6


São João, 15
1. Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que não der fruto em mim, ele o cortará;
2. e podará todo o que der fruto, para que produza mais fruto.
3. Vós já estais puros pela palavra que vos tenho anunciado.
4. Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. O ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Assim também vós: não podeis tampouco dar fruto, se não permanecerdes em mim.
5. Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.
6. Se alguém não permanecer em mim será lançado fora, como o ramo. Ele secará e hão de ajuntá-lo e lançá-lo ao fogo, e queimar-se-á.

A palavra proclamada no dia 18 de julho de 2012, foi suscitada pela ministra Marisa.

21 º Encontro do Grupo de Odo Céu 25 de Julho de 2012.

Francisco conduzindo o louvor com muita unção.

O Povo de Deus alimentando da palavra de Deus suscitada pelo Seminarista Diocesano Vitor Carvalho
Terezinha Guedes conduzindo o terço da misericórdia 

Filhos do céu conduzindo a imagem peregrina do Sagrado Coração de Jesus , Terço a Vela e a Palavra 

Ministério de Música com Marta Bianca e Lili 


Ministério da Acolhida 

Vitor Carvalho proclamando a palavra de Deus aos filhos do céu  
Vitor Carvalho Seminarista Diocesano 




domingo, 22 de julho de 2012

Descidas e resgates...




Quem viu, talvez entenda melhor os cristãos que falam de kênosis e de resgate. Os 37 mineiros chilenos aprisionados ao norte do Chile, deserto do Atacama, na mina San José, em Copiapó, esperaram nas trevas, por dois meses, que os de cima os resgatassem. Embora estivessem lá, extraindo riquezas, por si mesmos não tinham recursos para se salvar. Escuridão e morte os rondavam. 

Os de cima estudaram meios, abriram um túnel, criaram uma cápsula, enviaram luz e alimento, estudaram maneiras de resgatá-los, finalmente desceram um salvador, alguém que sabia o que fazer para trazê-los à luz.

Na catequese cristã é assim que se ensina. O ser humano estava aprisionado nas trevas da ignorância, do pecado, da violência e dos seus erros. Por si mesmo não veria a luz. Alguém criou as condições para que ele subisse. Este alguém desceu até eles e resgatou-os por meio de gestos e instrumentos, um deles chamado “cruz”. Fez kênosis e resgate.

Estávamos como aqueles 37 mineiros e Jesus nos resgatou. E a ordem foi justa: o primeiro resgatado foi alguém capaz de liderar e ajudar a resgatar os demais. A seguir foram salvos os mais enfraquecidos e abatidos pelas trevas da mina soterrada. Finalmente os mais fortes e, por último, o líder do grupo. Tem mais dever aquele que pode mais. Maior amor demonstra quem luta pelos que mais precisam. Finalmente, ele cuidou de seu próprio resgate. 

O que aconteceu naquela mina no Chile dá uma idéia da catequese dos católicos: kênosis e resgate. Se alguém não pode subir, alguém de cima precisa descer até ele. Jesus fez isso! 

Na próxima vez que você precisar explicar a uma criança ou a uma pessoa de outra religião o que pensamos a respeito de Jesus, use estas palavras “kênosis e resgate”, “descida e redenção” . Conte a história da mina e dos mineiros soterrados nela. Sobreviveram com a ajuda de outros, de cima veio o socorro e eles puderam ver a luz porque alguém desceu até eles. 

Com uma diferença: o salvador de todos veio viver entre nós por muitos anos e só depois fez os gestos mais concretos de resgate. Não fez tudo em dois meses. Foi presença de mais de trinta anos. É que o resgate da humanidade era ainda mais exigente! 

Crê quem pode! Duvida quem acha impossível! Agradece quem compreende os gestos e a vida de Jesus! Como o mal não vai embora por um estalo de dedos, seus deslizes e seus movimentos continuam soterrando. Para sorte nossa, Jesus continua resgatando. E assim será até o fim dos tempos. As vítimas do pecado podem confiar! Jesus ainda vem e ainda salva! Mas isto é questão de fé que nem todo mundo tem. Quem tem, agradeça e coopere!

16/11/2010 - 15:24 

Local:São Paulo (SP)

Dez Conselhos de Bento XVI aos Jovens





Conversar diariamente com Deus, ler a Bíblia, ir à Missa aos Domingos, contar as alegrias e penas a Cristo, dar exemplo ou ser útil aos outros: são alguns dos conselhos que o Papa dá aos jovens.


 
1) Conversar com Deus
“Algum de vós poderia talvez identificar-se com a descrição que Edith Stein fez da sua própria adolescência, ela, que viveu depois no Carmelo de Colônia: "Tinha perdido consciente e deliberadamente o costume de rezar". Durante estes dias podereis recuperar a experiência vibrante da oração como diálogo com Deus, porque sabemos que nos ama e, a quem, por sua vez, queremos amar”.




2) Contar-lhe as penas e alegrias


“Abri o vosso coração a Deus. Deixai-vos surpreender por Cristo. Dai-lhe o "direito de vos falar" durante estes dias. Abri as portas da vossa liberdade ao seu amor misericordioso. Apresentai as vossas alegrias e as vossas penas a Cristo, deixando que ele ilumine com a sua luz a vossa mente e toque com a sua graça o vosso coração.


3) Não desconfiar de Cristo


“Queridos jovens, a felicidade que buscais, a felicidade que tendes o direito de saborear, tem um nome, um rosto: o de Jesus de Nazaré, oculto na Eucaristia. Só ele dá plenitude de vida à humanidade. Dizei, com Maria, o vosso "sim" ao Deus que quer entregar-se a vós. Repito-vos hoje o que disse no princípio de meu pontificado: ‘Quem deixa entrar Cristo na sua vida não perde nada, nada, absolutamente nada do que faz a vida livre, bela e grande. ¡Não! Só com esta amizade se abrem de par em par as portas da vida. Só com esta amizade se abrem realmente as grandes potencialidades da condição humana. Só com esta amizade experimentamos o que é belo e o que nos liberta’. Estai plenamente convencidos: Cristo não tira nada do que há de formoso e grande em vós, mas leva tudo à perfeição para a glória de Deus, a felicidade dos homens e a salvação do mundo”.



4) Estar alegres: querer ser santos


“Para além das vocações de consagração especial, está a vocação própria de todo o batizado: também é esta uma vocação que aponta para um ‘alto grau’ da vida cristã ordinária, expressa na santidade. Quando encontramos Jesus e acolhemos o seu Evangelho, a vida muda e somos impelidos a comunicar aos outros a experiência própria (...). A Igreja necessita de santos. Todos estamos chamados à santidade, e só os santos podem renovar a humanidade. Convido-vos a que vos esforceis nestes dias por servir sem reservas a Cristo, custe o que custar. O encontro com Jesus Cristo vos permitirá apreciar interiormente a alegria da sua presença viva e vivificante, para testemunhá-la depois no vosso ambiente”.



5) Deus: tema de conversa com os amigos


“São tantos os nossos companheiros que ainda não conhecem o amor de Deus, ou procuram encher o coração com sucedâneos insignificantes. Portanto, é urgente ser testemunhos do amor que se contempla em Cristo. Queridos jovens, a Igreja necessita autênticos testemunhos para a nova evangelização: homens e mulheres cuja vida tenha sido transformada pelo encontro com Jesus; homens e mulheres capazes de comunicar esta experiência aos outros”.




6) No Domingo, ir à Missa


Não vos deixeis dissuadir de participar na Eucaristia dominical e ajudai também os outros a descobri-la. Certamente, para que dela emane a alegria que necessitamos, devemos aprender a compreendê-la cada vez mais profundamente, devemos aprender a amá-la. Comprometamo-nos com isso, vale a pena! Descubramos a íntima riqueza da liturgia da Igreja e a sua verdadeira grandeza: não somos os que fazemos uma festa para nós, mas, pelo contrário, é o próprio Deus vivo que prepara uma festa para nós. Com o amor à Eucaristia redescobrireis também o sacramento da Reconciliação, no qual a bondade misericordiosa de Deus permite sempre que a nossa vida comece novamente.




7) Demonstrar que Deus não é triste


Quem descobriu Cristo deve levar os outros para ele. Uma grande alegria não se pode guardar para si mesmo. É necessário transmiti-la. Em numerosas partes do mundo existe hoje um estranho esquecimento de Deus. Parece que tudo anda igualmente sem ele. Mas ao mesmo tempo existe também um sentimento de frustração, de insatisfação de tudo e de todos. Dá vontade de exclamar: Não é possível que a vida seja assim! Verdadeiramente não.



8) Conhecer a fé


Ajudai os homens a descobrir a verdadeira estrela que nos indica o caminho: Jesus Cristo. Tratemos, nós mesmos, de conhecê-lo cada vez melhor para poder conduzir também os outros, de modo convincente, a ele. Por isso é tão importante o amor à Sagrada Escritura e, em conseqüência, conhecer a fé da Igreja que nos mostra o sentido da Escritura.



9) Ajudar: ser útil


Se pensarmos e vivermos inseridos na comunhão com Cristo, os nossos olhos se abrem. Não nos conformaremos mais em viver preocupados somente conosco mesmo, mas veremos como e onde somos necessários. Vivendo e atuando assim dar-nos-emos conta rapidamente que é muito mais belo ser úteis e estar à disposição dos outros do que preocupar-nos somente com as comodidades que nos são oferecidas. Eu sei que vós, como jovens, aspirais a coisas grandes, que quereis comprometer-vos com um mundo melhor. Demonstrai-o aos homens, demonstrai-o ao mundo, que espera exatamente este testemunho dos discípulos de Jesus Cristo. Um mundo que, sobretudo mediante o vosso amor, poderá descobrir a estrela que seguimos como crentes.



10) Ler a Bíblia


O segredo para ter um "coração que entenda" é edificar um coração capaz de escutar. Isto é possível meditando sem cessar a palavra de Deus e permanecendo enraizados nela, mediante o esforço de conhecê-la sempre melhor. Queridos jovens, exorto-vos a adquirir intimidade com a Bíblia, a tê-la à mão, para que seja para vós como uma bússola que indica o caminho a seguir. Lendo-a, aprendereis a conhecer Cristo. São Jerônimo observa a este respeito: "O desconhecimento das Escrituras é o desconhecimento de Cristo".


Fonte:http://afrentedabatalha.blogspot.com.br/2011/08/dez-conselhos-de-bento-xvi-aos-jovens.html#more