sábado, 31 de março de 2012

Neste Nome há Poder - Pe. Cleidmar Moreira



Neste Nome Há Poder - Padre Cleidimar Moreira 


Jesus, neste nome há poder 
Jesus, neste nome há poder
O seu nome é poderoso, sua glória em toda a terra
Há poder no nome de Jesus. (2X)

O impossível, Ele pode realizar
O impossível, Ele pode realizar
O impossível, sim o impossível. O impossível a MIM ele pode realizar

O impossível, Ele pode realizar
O impossível, Ele pode realizar
O impossível, sim o impossível. O impossível a NÓS, Ele pode realizar.

Jesus, Jesus, Jesus, Jesus, Jesus, Jesus.

Diante do REI



Diante Do Rei - Vida Reluz


Vem, Senhor Jesus
O coração já bate forte ao te ver
A tua graça hoje quero receber
Sem a benção do Senhor não sei viver

Vem, Senhor Jesus
Olhar o povo ao teu redor me faz lembrar
A multidão lá no caminho a te esperar
Vem ó Santo de Israel
Passar também neste lugar

(refrão)
É o Rei! À nossa frente está
É feliz quem o adorar
É Jesus, o nosso mestre, e Rei
Bem aqui, tão perto se deixa encontrar
Diante do Rei dos reis todo joelho se dobrará

Livre Acesso - Eliana Ribeiro

Livre Acesso - Eliana Ribeiro

Eu abro as portas do meu coração
Te dou livre acesso Senhor
Eu abro as portas do meu coração
Te dou livre acesso
Pois com teu braço forte realizas prodígios
Pois com teu braço forte Senhor, me ergues do chão

Frase do Dia


Abra o seu coração. 
Abra as portas ao redentor! 
Deixa o Senhor agir em sua vida.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Pai Nosso


A Virgem Mãe do Silêncio:


Convido-o a rezar comigo a oração: 

Oração: Virgem do Silêncio, tu que ouves nossas vozes, ainda que não falemos, pois compreende no movimento de nossas mãos a linguagem de nossos corações. Não te pedimos, Senhora, que nos dê a voz e o ouvido para nossos corpos, mas sim que nos conceda entender a Palavra do teu Filho e o discernimento dos espíritos e das situações. Chegar a Ele com amor para salvação de nossas almas.

Queremos amar nosso silêncio para evitar a calúnia, o ódio e o pecado, as decisões sem pensar e calando dar testemunho de nossa fé. Queremos oferecer-te o silêncio no qual vivemos para que todos te chamemos de Mãe e sejamos verdadeiros irmãos, sem ódios, nem rancores, como filhos teus. Pedimos que traduza nosso arrependimento, nossas palavras quando não conseguimos expressar diante do teu Filho, na hora das decisões, das escolhas e na hora de nossa morte, para que na outra vida, possamos ouvir e falar cantando tua louvação por toda a eternidade. Amém.

“Sua mãe guardava todas estas coisas no coração” (Lucas 2,51).

A história tem sentido na páscoa


ROMA, quinta-feira, 29 de março de 2012 (ZENIT.org) - Se a Páscoa marca a libertação do homem de toda escravidão do pecado e da morte, o pentecostes representa o recebimento de toda a energia espiritual capaz de combater o mal que ameaça o coração do homem e do mundo.

Ou se reina com Cristo na terra, com a vitória de Cristo e com o poder do seu Espírito, "não deixando que o mal vença, mas vencendo o mal com o bem" (cf. Rom, 12, 21), ou o reino de Satanás avançará sempre mais dolorosamente. A páscoa, com a ressurreição de Jesus, abre as portas do céu, do reino de justiça e de paz, da casa de Deus onde não haverá morte nem pranto, nem clamor, nem dor (cf. Ap 21, 3-4).

Desde que o homem deixou de acreditar no céu, transformou sua vida em algo que se assemelha a um inferno. O inferno na terra é, acima de tudo, a ausência da páscoa de Jesus, uma ausência que é rejeição do amor. Já é o inferno viver sem saber dar nem receber amor. Dizer-se cristão é fácil; ser cristão no generoso serviço à verdade e à atualidade dos mandamentos do amor de Deus é o grande desafio.

A páscoa significa, hoje, dar um rosto ressuscitado, um rosto de amor aos mandamentos de Deus, que não são uma sequência de imperativos negativos, mas um pedido de compromisso, um chamado a construir uma civilização do amor.

Assim, "não matar" significa proteger a vida, e desde o ventre materno. "Honra teu pai e tua mãe" é um apelo a defender a família natural. "Não levantarás falso testemunho" é a celebração da verdade e a defesa da dignidade humana.

Quem vai ensinar às futuras gerações a arte de viver, se somos os primeiros a parar de construir com esperança? Estamos aceitando passivamente que o reino do subjetivismo exasperado continue a produzir e a justificar a proliferação da crueldade e da violência.

Sim, porque o egoísmo é uma escola de crueldade. Particularmente notável, então, é esta nossa humanidade que vira as costas para o amor e que chora por abrir à sua frente um cenário de tristeza e de desolação.
A Paz: uma pessoa que se dá

É cada vez mais urgente achar as razões determinantes da reconciliação e do perdão, para inspirar a paz entre os homens, para criar uma cultura de paz que supere o ódio escondido no coração do homem. Jesus é o "Príncipe da Paz" (cf. Is 9, 6).

Deixemo-nos desarmar pelo seu amor, porque é inútil falar de paz se os nossos corações aninham ódio, orgulho, indiferença.

Jesus nos diz: "Ouvi-me todos e entendei: não há nada fora do homem que, entrando nele, possa contaminá-lo. É o que sai do homem que o contamina. De dentro do coração do homem é que vêm as más intenções, roubos, assassinatos, maldade, engano, soberba, estultícia... "(Mc 7, 14-15.21-23).

Como cristãos, temos sempre diante dos nossos olhos os apelos de Cristo no Sermão da Montanha: "Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem. Pois se amardes os que vos amam, que recompensa tereis? E se saudardes somente os vossos irmãos, o que fazeis que os outros não façam? Acaso não fazem o mesmo os pagãos? Sede, pois, perfeitos, como o vosso Pai celestial é perfeito"(Mt 5, 43-48).

A paz não é algo que se quer ou se tem, mas é Alguém, é Jesus, que nos quer, nos tem e se mantém fiel a nós.

"Eu vos dou a minha paz, não como o mundo a dá" (Jo 14, 27). O mundo procura soluções pacíficas e crê ??que homens iluminados podem garanti-la, mas nada de bom será conseguido sem Jesus, que, através da cruz e não de bandeiras multicoloridas, "destruiu em si mesmo a hostilidade" (Ef 2, 16-17).

Que Jesus ressuscite vencedor da morte e libertador de todos os males: o tempo atual não pode prescindir do poder do seu nome. Invoquemo-lo, esperemo-lo, vivo e eficaz, para celebrá-lo como único Senhor e Salvador do mundo.

Por Salvatore Martinez


Fonte: http://www.cleofas.com.br/ver_conteudo.aspx?m=not&cat=105&scat=83&id=5972

SÃO FRANCISCO DE SALES





Padroeiro dos apologistas, dos escritores e do Apostolado Veritatis Splendor, rogai por nós!

Frase do dia


Jesus fonte de misericórdia que jorra no templo - 
Jesus o filho da Rainha - Jesus, face divina do homem - 
Jesus, rosto humano de Deus

O que é aborto?



A resposta a essa pergunta, até há vinte e cinco ou trinta anos atrás, era muito simples. Cometer aborto significava matar uma criança não-nascida, matar um ser humano cuja fraqueza peculiar consistia na sua incapacidade de sobreviver fora do seio materno. E havia duas avaliações morais para esse ato:

1) que era um homicídio justificável - em certos casos. Essa era a posição de muitos não-católicos, embora não fosse de forma alguma a de todos;

2) que era um homicídio injustificável, isto é, que sempre constituía assassinato, e portanto nunca seria lícito. Essa era posição católica, compartilhada pela Igreja ortodoxa grega e por muitas outras pessoas religiosas e não-religiosas.

As razões que apoiavam a primeira afirmação - o homicídio justificável - eram simples: no caso extremo (o único: contemplado) de conflito entre a vida da mãe e a vida do filho, a vida da mãe tinha mais valor, e a vida do filho deveria ser sacrificada para que a mãe pudesse sobreviver. O caso extremo seria o de uma gravidez que, se chegasse ao fim, acabaria por causar a morteda mãe e talvez a do filho também.

Que pensar desta posição? Duas coisas: a) pode-se aceitar com certa facilidade que era inspirada por um sincero sentido humanitarista; b) que os princípios nos quais se baseava _ o de que uma vida humana vale mais do que outra, e o de que se pode matar uma pessoa inocente a fim de salvar outra - tinham inevitavelmente de abrir as portas à atitude que se vem generalizando nos nossos dias em relação ao aborto: a atitude daqueles que advogam o aborto on demand, sem outra justificativa além do fato de que a mãe - ou talvez o Estado - o pede.

Quanto à posição católica, basta dizer por ora que se baseia no princípio claro de que todo o ser humano recebe a vida diretamente de Deus, e que somente Deus a pode tirar, a menos que a pessoa abra mão do seu direito à vida por uma agressão criminosa voluntária. Não é possível imaginar ninguém mais inocente do que uma criança não-nascida; não se pode, portanto, matá-la diretamente por causa alguma. Era esta a situação quanto ao aborto há não muitos anos, uma situação global em que era fácil indicar e circunscrever os pontos de concordância e os pontos de discordância. Havia concordância entre os dois lados sobre a natureza do aborto: significava matar uma criança, era um homicídio, porque o ser no seio materno é um ser humano. E havia discordância quanto à licitude desse homicídio: para alguns, era sempre ilícito; para outros, era justificável e lícito em certos casos graves. Vale a pena acrescentar que, mesmo nos países em que prevalecia este último ponto de vista e a legislação civil reconhecia a legalidade do aborto nesses casos extremos, essa mesma legislação proibia e punia os abortos realizados sem que se verificassem essas circunstâncias excepcionais.

A Posição Atual

Se examinarmos a situação atual, veremos que se dão, não duas, mas três respostas à pergunta sobre o que é o aborto:

1) que é um homicídio injustificável; ou seja, é a posição católica, reafirmada por certo pelo Concílio Vaticano II - em termos mais fortes -, que diz (na Constituição sobre a Igreja no Mundo Moderno, n. 51) que o aborto é um "crime abominável" ;

2) que é um homicídio justificável em algumas circunstâncias, ou seja, a posição - já comentada - de certos não-católicos;

3) que não é um homicídio de forma alguma! Esta é a posição de que desejo ocupar-me especialmente, pois via de regra é a posição dos pró-abortistas modernos e é a posição ideológica - a nova base "moral" - com que procuram justificar o que não pode ser justificado.

A reformulação do problema

O aborto, dizem os novos reformistas liberais, não é de modo nenhum um homicídio, por uma razão muito simples: o que se mata não é um ser humano, o que está no útero não é humano. É evidente que esta suposição significa reformular por inteiro o problema do aborto. E a reformulação é tão radical que, se aceitássemos a base de que parte, o aspecto problemático da questão praticamente desapareceria para muitas pessoas, e o aborto tornar-se-ia um assunto - segundo pensam - quase que inteiramente destituído de dificuldades de natureza moral.

Por que a Reformulação?

Talvez a primeira coisa a fazer com relação a esta nova posição seja perguntarmo-nos por que e como surgiu em tão poucos anos. Não é difícil encontrarmos a resposta. Não há quem não goste de sentir-se humanitário. Os "liberais" da atual escola moral positivista não só gostam de sentir-se humanitários, mas também de poder proclamar-se como tais.

O sentido humanitário liberal dos não-católicos de trinta anos atrás aceitava sem demasiada dificuldade que a vida de uma criança não-nascida fosse sacrificada para salvar a vida da mãe. Os anos passaram e, com os anos, intervieram dois fatores essenciais. Um é que os avanços da Medicina praticamente eliminaram o caso extremo que obrigava a escolher a vida da mãe ou a vida do filho. Apesar disso - e aqui está o segundo fator -, a procura pelo aborto aumentou.

Houve muitos motivos para esse aumento, entre os quais algumas "recomendações" de natureza mais ou menos médica: a fraca saúde da mãe, a tensão que uma gravidez representa para os seus nervos, etc. Mas o motivo principal relaciona-se simplesmente com o crescimento da mentalidade favorável ao controle da natalidade. Apesar de virem envolvidas em referências aparentemente desinteressadas aos problemas populacionais do mundo, as justificativas para o aborto em todos os casos individuais - pelo menos nos países mais desenvolvidos quase sempre se reduzem à incapacidade de ver a criança com amor. Afinal de contas, é a incapacidade de amar que faz um casal pensar na criança não-nascida como um peso - o peso da gravidez e dos cuidados que exigirá mais tarde - e que leva os pais a temer que, se a criança nascer, terão que renunciar a algum conforto material; é a incapacidade de amar que faz com que a mãe não queira carregar e dar à luz a criança que concebeu.

Transformar o Feto numa “coisa”

Matar uma criança para salvar a vida da mãe não repugnava ao sentido humanitário de alguns liberais de trinta anos atrás. Mas matar uma criança para salvar a conveniência da mãe (a sua relutância em arcar com a gravidez) - ou para salvar o bem-estar dos outros filhos ou a posição financeira da família -, querer que se aceite isso é pedir demasiado ao sentido humanitário seja de quem for, por mais liberal que se possa ser.

A solução encontrada foi muito simples. É demais sacrificar a vida de uma criança por um capricho da mãe, ou por causa do padrão de vida da família, ou pelo bem-estar da sociedade? ... Então não se sacrifique a vida da criança, mas tão-somente a vida de um "feto". Conclua-se, além disso (segundo a feliz teoria de alguns), que o feto não é humano (conclua-se, digo, porque na verdade não se pode prová-lo), e que portanto não se está cometendo nem um homicídio nem um infanticídio, mas única e exclusivamente um "feticídio" que não é mais significativo na ordem moral do que matar alguns micróbios (igualmente corpos estranhos e indesejáveis) por meio de uma injeção de penicilina.

Aqui está a nova visão moral da questão do aborto. Teremos de enfrentar a objeção (parecem dizer os novos moralistas) de que o aborto é um homicídio? Realmente, pelo menos nos casos que nos interessam, seria difícil justificar um homicídio ... Mas então não percamos tempo tentando justificá-lo. Digamos com toda a simplicidade que não é um homicídio, pois aquilo que se aborta não tem natureza humana, e portanto, não é um membro da nossa raça humana, é uma coisa. E já que as coisas não possuem direitos, o problema desaparece totalmente.

Aborto em dois Estágios:

O que esta visão nos oferece é, digamos assim, um aborto em dois estágios: é uma operação física precedida de uma operação metafísica, um aborto físico com um pré-requisito metafísico - a supressão da identidade do ser vivo que está no útero. Uma vez realizada essa operação metafísica (verdadeiramente indolor, contanto que se aplique um pouco de anestesia à consciência da pessoa ... ), a operação farmacológica ou cirúrgica necessária para suprimir o que "resta" no útero não oferece especial dificuldade, já que esse "resto" - devidamente expurgado da raça dos homens e privado do seu status humano e dos seus direitos - já não é um ser humano, não é senão uma coisa não-humana.

Compreendamos o raciocínio claramente. O argumento essencial dos abortistas modernos não é (exceto nos dois casos que examinaremos mais adiante) que tenham sido descobertas novas indicações ou razões para o aborto, novas razões de peso que até hoje eram desconhecidas. O seu argumento é diferente, e é importante, repito, compreendê-lo bem. Eles não dizem que existam mais razões do que as conhecidas até agora para matar o que está no ventre materno. O que dizem é que o que está no útero tem menos importância do que antes se pensava; tem menos valor. Não tem valor humano e não possui direitos humanos.

O Argumento Católico

O argumento católico como um todo - e afirmo que, seja qual for o ângulo pelo qual se considere o assunto, é o único argumento verdadeiramente racional, verdadeiramente científico e verdadeiramente humanitário - sustenta que a criança não-nascida já é um ser humano e goza de todos os direitos próprios de qualquer ser humano, dos quais o principal é o direito à vida; além disso, sustenta que a sua situação particular como ser humano indefeso lhe confere o direito a uma proteção especial por parte da lei civil.

É interessante recordar que as Nações Unidas, em sessão plenária de novembro de 1959, aprovaram unanimemente a declaração dos direitos da criança nos seguintes termos: "A criança, em virtude da sua falta de maturidade física e intelectual, necessita de especial proteção e cuidados, incluindo a adequada proteção legal, tanto antes como depois do seu nascimento". Esta declaração foi renovada depois na Conferência Internacional dos Direitos Humanos, em Teerã, em maio de 1968.

A Evidência da Embriologia

Do ponto de vista teológico, a vida especificamente humana começa mediante a infusão da alma no novo organismo embrionário por ação de Deus. Embora não haja nenhuma declaração dogmática sobre este ponto, o Magistério da Igreja cristalizou no ensinamento claro de que o início da vida hu­mana pessoal deve ser computado a partir do momento da concepção, do momento em que o óvulo é fecundado *.

Este ensinamento reflete-se na relação entre certas festas litúrgicas - por exemplo, entre a Anunciação (25 de março) e o Natal, entre a Imaculada Conceição (8 de dezembro) e a festa da Natividade de Nossa Senhora (8 de setembro) -, e é apoiado pelas disposições do Código de Direito Canônico (cf. cânon 871)

Muito mais significativo e interessante é que este ensina­mento universal da Igreja é apoiado e totalmente confirmado por todos os avanços científicos da moderna embriologia. Tanto isto é assim que podemos afirmar que, do ponto de vista científico, a verdade do ensinamento católico sobre este rema está acima de qualquer dúvida. A pesquisa embriológi­ca moderna demonstrou que o ser humano, em termos orgâ­nicos, está totalmente constituído a partir do momento da fecundação do óvulo, e que tudo o que se segue é simplesmen­te um processo de desenvolvimento de um organismo já exis­tente, sem que seja possível indicar qualquer dado ou aconte­cimento subseqüente sobre o qual basear o suposto início de uma vida humana pessoal.

(*) Alguns teólogos medievais lançaram mão do princípio filosófico esco­lástico de que a alma é a "forma substancial" do corpo para sustentar uma teoria de "animação retardada", segundo a qual o feto não teria inicialmen­te senão uma alma animal ou vegetal, e a alma humana e racional só seria infundida quando ele já estivesse suficientemente desenvolvido e pudesse cons­tituir um "receptáculo" adequado para essa forma substancial. Com semelhante teoria, era impossível determinar um momento que não fosse totalmente arbitrário para a "animação" - o que, aliás, alguns esco­lásticos fizeram (40 ou 80 dias depois da concepção). A embriologia moder­na ajudou os teólogos a rejeitar essa teoria e a retornar à afirmação mais antiga (defendida, por exemplo, pelos Padres da Igreja como São Basílio e São Gregório Magno) de que a alma racional está presente desde o momen­to da concepção. Como vemos, a filosofia está em débito para com a fisiolo­gia graças a essa compreensão mais científica do estágio a partir do qual o organismo humano passa a estar fundamentalmente constituído, ou seja, do estágio básico da fecundação, em que já pode receber a sua "forma substan­cial".


A Arbitrariedade da posição abortista

É significativo que os abortistas ou os defensores da "livre escolha da mãe" nunca falem de crianças não-nascidas. Usam rigorosamente o termo "embrião" ou "feto". Se lhes perguntarmos (uma pergunta que não é muito do seu agrado) como definem o que é um feto, falam de "vida humana potencial" ou até, ocasionalmente, de "vida potencial". E se forem obrigados a levar avante a sua linha pseudo-jurídica ou pseudo-filosófica, defenderão que essa vida potencial não se torna vida humana atual e real - com os correspondentes direitos - senão com o nascimento, ou pelo menos enquanto o feto não for viável.

Isto, evidentemente, é pura arbitrariedade, e não pode basear-se em qualquer princípio ou fenômeno científico ou racional. É puro produto do preconceito. Pode alguém defender a sério que o que hoje nasceu é humano, mas que o que estava no ventre ontem não o era? E se é uma questão de viabilidade, poderemos dizer que uma criança recém-nascida é significativamente mais viável do que uma criança ainda no seio materno? Pelo contrário, é a todas as luzes menos viável. Precisa de mais cuidados - e não de menos - para ser alimentada. Requer maiores precauções para a sua segurança, por exemplo para não cair escada abaixo, precauções que a sua mãe lhe garantia muito mais eficazmente quando ainda a trazia no seu ventre.

Se não se adquire personalidade humana e direitos humanos enquanto não se é realmente viável, enquanto não se pode sobreviver por recursos próprios, é duvidoso que qualquer criança com menos de 6 ou 7 anos seja realmente um ser humano. Repito: todos os argumentos científicos são contrários à posição dos abortistas e favoráveis à posição católica. Se alguém quiser comprová-lo na prática, basta que pergunte a um médico não-católico que tenha realizado um aborto se o que ele extraiu do útero não passava de uma coisa, ou se era um ser vivo. E, se era um ser vivo, de que espécie era? Não, a posição abortista não se baseia na ciência nem na razão; baseia-se em preconceitos e interesses, nenhum dos quais verdadeiramente humanitário.

A Mulher que aborta….

Como sacerdote, aprendi a distinguir entre o pecado e o pecador. Aprendi também que, embora possamos e às vezes devamos julgar as ações e os acontecimentos, é difícil e arriscado julgar as pessoas. Só Deus pode fazê-lo. Num momento de tentação, uma mulher grávida - que não quer ter o seu filho e decide abortar - pode ter sido influenciada por incontáveis fatores: fatores de formação pessoal, de pressões provenientes do ambiente, dos parentes ou amigos, fatores de solidão, de medo, de tensão nervosa ... Não podemos julgar o grau de culpa que uma mulher pode ter em tal situação. Somente Deus, repito, que leva todas essas coisas em conta, pode julgar. Podemos, contudo, julgar outra coisa, ou pelo menos formar uma opinião segura a esse respeito: o que acontecerá com essa mulher, em termos humanos, conforme se arrependa ou não do que fez.

Não nos enganemos. A mulher que praticou um aborto sabe que procurou a morte, o assassinato, do seu próprio filho, do fruto do seu ventre. E passa a ter uma profunda ferida na sua consciência. Uma sociedade permissiva pode não encontrar dificuldade em perdoa-la, mas o problema é que ela não será capaz de perdoar-se ou de esquecer o que fez. E a minha experiência é que, nos casos excepcionais em que uma mulher conseguiu silenciar a sua consciência, fê-lo à custa de um suicídio moral, destruindo a sua própria consciência, o sentido dos valores, desfeminizando-se e desumanizando-se a si mesma. O seu instinto maternal em particular, e em geral toda a sua capacidade de amar, sofreram uma lesão enorme e irreparável. A Igreja nunca condena as pessoas. Se condena o pecado, se condena as ações erradas, é para ajudá-las a ter idéias claras, para ajudá-las a olhar para a própria consciência (que também as acusará se cometeram algum erro), e para que então, pelo arrependimento, possam encontrar o perdão e a paz. Os que negam a culpa das ações imorais são os que podem estar condenando as pessoas a uma vida terrível de angústia moral.

Personalização e Despersonalização

Isto leva-nos a tocar um outro pseudo-argumento dos abortistas, segundo o qual o caráter de pessoa da criança não-nascida deveria depender não de fenômenos biológicos, nem de fatores vinculados ao tempo (como a viabilidade ou o nascimento), mas de um fator psicológico. Baralhando conceitos pedidos de empréstimo à psicologia moderna –conceitos que sublinham a importância dos relacionamentos intersubjetivos no processo da "personalização" -, alguns abortistas vêm sugerindo que a criança não-nascida não pode propriamente ser olhada como uma pessoa antes de ser aceita pelos pais; se falta essa aceitação - continua o argumento -, não poderá ser considerada pessoa nem possuir direitos humanos. Este argumento incorre no mesmo tipo de problema que o argumento da "viabilidade": "prova" demasiado. Sobre essa base, uma criança de um ou de cinco anos não seria uma pessoa, caso os seus pais não a "aceitassem".

Obviamente, é antes e não depois de gerar uma criança que os pais têm que decidir se a querem ou não. Antes, era uma possibilidade; precisamente, uma simples "potencialidade". Depois, é uma realidade, e essa realidade é uma pessoa, quer tenha um dia de idade ou um ano. É uma pessoa que, por isso mesmo, possui personalidade no sentido humano mais pleno, uma personalidade que a torna sujeito de direitos . (Poderíamos acrescentar aqui aos argumentos embriológicos referidos acima, um argumento extraído da ciência jurídica. Todas as jurisprudências antigas e modernas atribuem à criança não-nascida plena personalidade jurídica, expressa por exemplo na sua capacidade de herdar.)

Existe, naturalmente, uma certa ambigüidade no argumento da personalização. Mas é uma ambigüidade que, quando vem à tona, se volta contra os próprios defensoresdesse argumento. Como é óbvio, se alguém perguntar se a criança não nascida tem a sua própria "personalidade" no sentido popular do termo - no sentido de possuir uma forma de ser totalmente pessoal de pensar, de falar e de agir -, a resposta será não. Neste sentido, a criança não nascida não é uma criança "personalizada", quer tenha um dia ou um mês de idade, mas também está muito pouco personalizada a criança de três ou de cinco anos. Na medida em que "personalização" significa realmente o processo de desenvolvimento de uma personalidade individual, designa um processo que leva anos a completar-se; na verdade, todos os anos da vida. Somente com os anos - com tudo o que os anos trazem de experiência humana: de generosidade ou de egoísmo, de virtudes e de pecados, de respeito e de amor aos outros ou ausência destes, de capacidade de assumir responsabilidades ou de rejeitá-las - é que uma pessoa desenvolve a sua personalidade própria.

Auto-Realização para mulheres “liberadas”?

O argumento da personalização - que não se aplica ao caso da criança não-nascida (que personalidade pode ser desenvolvida por uma pessoa a quem se mata?) - aplica-se, pelo contrário, muito clara e precisamente ao caso da mãe que aborta. Pois aqui podemos perguntar e prever em ampla medida:


"Que tipo de personalidade uma pessoa que mata irá desenvolver?"

A psicologia moderna insiste em que os homens e as mulheres se "realizam" ou se "completam" sobretudo no seu relacionamento com as outras pessoas, e que uma das provas mais evidentes da presença ou da ausência de personalidade é a capacidade ou incapacidade de estabelecer relacionamentos interpessoais. Que personalidade será desenvolvida por uma mulher que, diante do mais íntimo relacionamento interpessoai imaginável - o relacionamento entre a sua pessoa e a pessoa do filho que ela concebeu, o relacionamento verdadeiramente único entre o seu corpo e o corpo do filho no seu ventre -, rejeita e destrói esse relacionamento, matando o seu filho e entregando o corpo desse filho a um incinerador de hospital? Que outros relacionamentos poderão permitir que essa mulher "se realize", se a sua reação ao sagrado relacionamento mãe-filho foi extirpar do coração os seus mais íntimos instintos de maternidade e de compaixão, extirpando do seu corpo o filho?

É triste ver a propaganda "pró-escolha" apresentar o aborto como um "direito" de toda a mulher, reivindicando esse direito precisamente em nome da "liberação" das mulheres. É uma triste propaganda, essa que só pode tornar amarguradas e tristes as mulheres que lançam mão desse "direito". Quem irá "liberá-las" depois de ganharem consciência do que fizeram, violando os seus instintos humanos mais íntimos?

Há alguns anos, quando se debatia na Inglaterra a proposta de "liberalização" da lei do aborto, lembro-me de ter visto um programa de TV em que se entrevistava uma série de mulheres, cada uma das quais tinha cometido vários abortos. As perguntas do entrevistador visavam evidentemente "provar" um ponto: que nem física nem psicologicamente elas tinham sofrido qualquer efeito adverso proveniente desses abortos. As respostas das mulheres corroboraram totalmente essa tese. Contudo, ainda guardo viva a lembrança das suas faces rígidas, do seu modo de responder, da sua evidente preocupação por justificar-se, da sua insistência em que nunca tinham sido incomodadas pelo menor sentimento de repugnância ou de remorso, do seu ar de orgulho e de triste solidão; numa palavra, a impressão do que mencionei acima: de uma brutal desfeminização e desumanização.

Gostaria agora de examinar dois pontos: duas novas "recomendações" ou argumentos que tendem a aparecer cada vez com mais freqüência nas campanhas pró-aborto. Vou considerá-los rapidamente, não porque esses argumentos sejam menos importantes - são terrivelmente significativos e importantes -, mas simplesmente porque não disponho de espaço para qualquer tratamento mais extenso.

O Argumento Eugenésico.

O primeiro argumento é a chamada indicação "eugenésica"; em outras palavras, a probabilidade ou possibilidade de que a criança já concebida possa nascer com algum defeito mental ou físico. Todas as leis abortistas modernas incluem uma cláusula legalizando o aborto por motivos eugenésicos. A cláusula costuma ser muito curta, e muitas pessoas provavelmente olham-na como uma recomendação mais, do mesmo tipo mais ou menos que as outras.

Mas não é assim! Se a filosofia de vida que subjaz às outras indicações é repelente, a ideologia subjacente a esta cláusula é infinitamente pior. Esclareçamos muito bem este ponto: tal recomendação não é fruto de um mero hedonismo egoísta, nem produto de um materialismo individualista sem senso de direção nem de valores ... Através dessa pequena cláusula, há uma filosofia repugnante, poderosa e evidente, que vem abrindo caminho - um caminho legal- nos países ocidentais. A filosofia, ou melhor, a ideologia dessa cláusula é a da pureza racial, e difere muito pouco, ou nada, da ideologia hitlerista. Pois o eugenismo, afinal de contas, significa apenas isto: não queremos nenhuma raça inferior, não queremos nenhum indivíduo sub-standard, "abaixo do padrão", que possa perturbar a tranqüila contemplação do nosso Admirável Mundo Novo, pedindo compaixão, clamando por caridade e afeição, ou simplesmente recordando-nos que existe um Deus a quem devemos ser gratos pelas coisas boas de que desfrutamos.

Vidas que não são dignas de serem vividas

Não esqueçamos o que essa cláusula significa na prática. Significa que, de cada vez que é aplicada, uma ou várias pessoas estão fazendo o seguinte juízo: "Na nossa opinião, essa vida" - e estão falando de outro ser humano já existente - "essa vida não é digna de ser vivida. É (ou melhor, pode tornar-se mais tarde) tão defeituosa que é melhor para ela morrer agora".

Esta crítica, devemos notá-lo, aplica-se também aos que sustentam que o feto ainda não é uma pessoa humana, pois estão fazendo o mesmo juízo: "Essa vida que - a menos que nós a matemos - se tornará uma pessoa humana, será uma vida humana que não merecerá ser vivida. Portanto, matemo-la" .

A única base essencial para o que chamamos direitos democráticos é que todo o ser humano é um valor inviolável; e que ninguém - nenhum Estado, nenhuma autoridade, nenhuma pessoa - pode decidir que a vida do outro é inútil e dispensável. Pode-se chegar à conclusão de que alguém está vivendo em condições indignas de um ser humano, e a partir daí fazer todos os esforços para remediar essas condições. Isso é humanitarismo. O que não se pode fazer, porém, em nome do humanitarismo, é julgar que alguém não é digno de viver mesmo que tenha de viver em condições indignas de um ser humano. Este juízo não seria um juízo humanitário, mas totalitário. Quando alguém o emite, põe fim ao humanitarismo.

Consequências do Eugenismo

Os argumentos eugénesicos estão sujeitos a inúmeras outras críticas. Limitar-me-ei a apontar duas:

a) Nunca se pode fazer com certeza absoluta o prognóstico de que uma criança pode nascer defeituosa. Se se praticam abortos com base nesses prognósticos, o resultado será que, numa porcentagem bastante elevada (segundo algumas estimativas, até 50%), se matarão crianças totalmente normais. Seria muito mais lógico, se se parte do ponto de vista eugenésico (e, se os eugenistas se consideram humanitários, seria também muito mais humanitário para eles) deixar todas essas gestações chegarem ao seu termo e, uma vez nascidas as crianças, matar aquelas que se viesse a comprovar que realmente eram defeituosas. Se alguém diz que isto é demasiado repugnante, concordo plenamente. Mais repugnante ainda é a lógica do eugenismo.

b) Se, em virtude do princípio de que uma vida defeituosa não merece ser vivida, for humano matar a fim de prevenir o nascimento de uma pessoa que pode vir a tornar-se defeituosa, é inquestionavelmente mais humano ainda matar uma pessoa que já se tornou defeituosa, matar uma pessoa defeituosa já nascida, quer tenha um dia ou um ano de idade, ou vinte ou quarenta ou sessenta. E essa pessoa pode ser morta porque (é um ponto inerente ao mesmo princípio) não possui a vida humana com pleno direito. O seu defeito mental ou físico tornou defeituoso o seu direito à vida. Pode ser morta, não talvez pelo "defeito" de ser judia, mas por ser psicótica, aleijada, cronicamente doente ou simplesmente velha.

A aceitação do aborto eugenésico significa - esteja o público consciente ou não dessa realidade - a aceitação não só dos princípios subjacentes à eutanásia, mas de todos os princípios da política de pureza racial: o princípio da eliminação do deficiente, dos que são indignos de viver, dos que não estão à altura dos padrões de qualidade estabelecidos para a raça humana ...

Mas certamente - já estou ouvindo a objeção - tudo isto é bastante exagerado, não é? Não. Não é nenhum exagero. É apenas uma projeção. Simplesmente desenvolve as conseqüências lógicas das novas filosofias abortistas e projeta-as sobre a vida prática de um futuro talvez não muito longínquo.

O mundo de amanhã será produto das tendências e das ideologias que prevalecerem no mundo de hoje. Como será esse mundo? É algo a ser pensado, enquanto ainda houver tempo para pensar. Não é este o momento de brincarmos de avestruzes, escondendo as nossas cabeças na areia. É de uma responsabilidade elementar ler os sinais dos tempos, ver para onde se dirige uma grande parte da nossa civilização moderna, e perguntar-nos se nós também queremos seguir nessa direção. Preferir não nos fazermos essa pergunta é o caminho mais seguro para que cedo ou tarde nos vejamos arrastados nessa mesma direção.

Auto-Excomunhão da Humanidade…

Seja-me permitido enfatizar mais uma vez o que disse antes. O aborto - quer tolerado, quer legalizado, quer olhado com indiferença ou aprovação - representa um extremo de barbárie difícil de ser superado. Poder-se-ia muito bem ver nele um símbolo de como a nossa civilização parece inclinada a destruir as verdadeiras sementes de sobrevivência que traz dentro de si.

É compreensível que a Igreja deseje sublinhar a gravidade desse crime abominável", decretando uma excomunhão ipso facto não somente para a mulher que pratica o aborto, mas também para todos os que intervêm nele diretamente, mesmo que somente a tenham aconselhado a praticá-lo (Código de Direito Canônico, cânones 1398 e 1329).

Um abortista - continuo a pensar sobretudo naqueles que procuram justificar esse crime - excomunga-se a si mesmo da mais elementar comunidade humana, a comunidade daqueles que se esforçam por respeitar os direitos humanos dos outros, seja qual for a sua religião, raça, cor, posição social, estado de saúde físico ou mental, ou idade.

O Argumento demográfico

O segundo argumento recente que se vem utilizando em favor do aborto é o argumento demográfico. Existem já países em que o aborto é imposto como um modo de controlar a natalidade. Em outros lugares, por enquanto, a situação é a inversa, isto é, a propaganda constante sobre a superpopulação atua como um fator favorável ao aborto. Na medida em que a opinião pública vai sendo levada a pensar que não se deve ter mais do que um ou dois filhos, que se trata de um dever imperativo e urgente, que o seu não cumprimento deve ser encarado, a princípio, como uma total falta de responsabilidade e, a seguir, como um crime flagrante contra a sociedade ... - então torna-se progressivamente mais fácil persuadir o público de que o aborto não é um crime; que, longe de ABORTO ser um crime, pode ser o melhor meio e o mais apropriado de levar as pessoas a cumprir um estrito dever,

É lógico que aqueles que simpatizam com este "argumento”, devem também ficar encantados com a idéia de que o aborto é, sem sombra de dúvida, o meio mais eficaz de conter o crescimento da população. Não se requer nenhum grau excepcional de inteligência para compreender que o melhor meio de assegurar que não haverá excesso de população é matar os '''excedentes''.

Este é, em toda a sua crueza, o modo de pensar de algumas pessoas, embora ainda não ousem expressá-lo de maneira tão brutal. Mas, na verdade, o assunto é brutal; a tal ponto que poderíamos muito bem pedir aos que pensam desse modo que nos expliquem se há alguma diferença real, como meio, entre o bisturi e a metralhadora.



BURHKE, Cormac – Amor e Casamento – Tradução de Grabriel Périssé – Quadrante - São Paulo – 1991 – pags 173 – 189.

Apologética




1. – Definição: - Etimologicamente, a palavra apologética (do grego “apologéticos”, apologia) significa justificação, defesa. Apologética é, pois, a justificação e defesa da fé católica.

2. – Objeto – A apologética tem dois fins:

a) Justificação da fé católica. Considerando a religião no seu fundamento (isto é, no fato da revelação cristã, de que a Igreja Católica se diz a única depositária fiel), a apologética expõe os motivos de credibilidade que provam a sua existência. Deve portanto resolver este problema: havendo neste mundo tantas religiões, qual será a verdadeira? Ora o apologista católico sustenta que só a sua fé é verdadeira, e que o é na realidade; deve, pois, provar esta asserção. Este primeiro trabalho constitui a apologética demonstrativa ou construtiva.

b) Defesa da fé católica. A apologética não só apresenta os títulos que tornam a Igreja Católica credora da nossa adesão, mas também enfrenta os adversários, respondendo aos seus ataques. E, como os ataques variam com as épocas, segue-se que deve evolucionar e renovar-se incessantemente, pondo de parte as objeções antiquadas e apresentando-se no campo escolhido pelos adversários, para os combates da hora presente. Sob este segundo aspecto, a apologética tem um caráter negativo, e chama-se apologética defensiva.

(fonte: BOULENGER, AManual de Apologética. Resumido e Adaptado por G. P. Porto: Livraria Apostolado da Imprensa, 1955. Pgs 6-7).

Quer saber mais clique no link http://www.veritatis.com.br/apologetica?start=20

Frase do Dia


João 5, 17-30



No dia 21 de Março a palavra proclamada na reunião foi João 5, 17-30, pela pregadora Sônia Silva, na qual faz uma reflexão sobre a filiação divina de Jesus. Onde faz um desdobramento da palavra revelando que a Sagrada Família  é um exemplo de obediência da vontade de Deus. além disso,*Ele é Filho do Deus, Pai e Mãe, carinhoso e misericordioso, autor da vida. Jesus continua a obra criadora de Deus. Esta continuidade implica a libertação dos oprimidos e a restauração da vida, onde ela é ameaçada. A vontade do Pai é que façamos o bem, que coloquemos nossa vida a serviço da vida para todos. A comunhão de vida com o irmão é a comunhão de vida eterna com Deus. *José Raimundo Oliva

Frase do dia


Apocalipse 3:20




No dia 28 de março a palavra proclamada foi Apocalipse 3:20, “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo” pelo pregador Geraldo. 

A palavra nos revela que o momento de abrir a porta para Jesus é hoje. Então venha, abra seu coração, pois agora é o tempo, Tempo de Entrega. Pais, mães, filhos, atendei ao Jesus que bate à sua porta, deixe que ele entre e aumente o vínculo de amor que existe entre vocês e aqueles que vos amam. Deixe que ele entre em sua morada através de sua Palavra, de sua vontade, de sua Eucaristia, de seus ensinamentos e de seu imenso amor por vós. Se vocês permitirem, ele transformará os seus gestos, suas atitudes, suas convicções, seus ideais a fim de lhe proporcionar uma felicidade completa no seio familiar, por isso, vistam-se da camisa do ser família e revelem a todos que na sua existe um grande coração.

Terço das Dores


Esta semana que precede o domingo de Ramos é dedicada à lembrança das dores de Nossa Senhora. “Meditai muitas vezes nas minhas sete dores para consolar meu Coração e crescereis muito na virtude. Ó almas que sofreis, vinde para perto de meu Coração e aprendei comigo. É junto de meu Coração transpassado de dor que achareis consolação! Mães aflitas, esposas amarguradas, jovens desorientados, meditando nos meus sofrimentos tereis força para atravessardes todas as dificuldades”.
 Que minhas dores comovam o seu coração, impulsionando-os para a prática do bem. Neste tempo de Quaresma, somos convidados a meditar as dores pelas quais Nossa Senhora passou aceitas na redenção mediante a Cruz. Trata-se da participação de Maria na Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Oração Inicial: "Virgem Dolorosíssima, seríamos ingratos se não nos esforçássemos em promover a memória e o culto de Vossas Dores. Vosso Divino Filho tem vinculado à Devoção de Vossas dores, particulares graças para uma sincera penitência, oportunos auxílios, e socorros em todas as necessidades e perigos. Alcançai-nos ,Senhora, de Vosso Divino Filho, pelos méritos de Vossas Dores e Lágrimas, a Graça...(pede-se a graça). Amém.

Nas três primeiras contas: "Pai Nosso, 3 Ave-Marias, Glória. Contempla-se os mistérios

SETE MISTÉRIOS. (Dores de Nossa Senhora na terra). 
1º A espada a transpassar a Alma- Conforme a profecia do Velho Simeão, no Templo. 
Ó Magoada Senhora e Mãe Querida das Dores, vejo-vos com trêmulos braços apresentar o Vosso Filhinho, aos braços de Simeão, e em retorno , ouço este Santo velho dizer-Vos: "- A Tua Alma será Transpassada por uma grande Dor aguda!" Já começa a cumprir-se a profecia, por que ao ouvirdes estas palavras começais a sentir já a primeira lançada, que não sairá mais do Vosso Terníssimo Coração, enquanto estiveres na Terra... Reparti-a comigo, alcançando-me a grande dor de minhas culpas, que foram a causa de Vossas Dores...

Pai Nosso ... 7 Ave-Marias... Glória. 
"Salve Ó Mãe dolorosa , Amparo dos filhos amados, dai-nos por Vossas Dores, a dor de nossos pecados."

RESOLUÇÃO: Evitarei hoje todas as faltas voluntárias, e nas horas de tentação, chamarei por Nossa Senhora... 
2º A fuga da Sagrada Família para o Egito. 
Virgem Santíssima e Mãe Querida das Dores, vejo-Vos sair apressada, apertando ao Seio Virginal Vosso Infinito Tesouro e correr terras estranhascom tantas fadigas, para O salvar da fúria do impio Herodes. Reparti comigo esta Dor, alcançando-me a Graça de fugir de todas as ocasiões de matar em minha alma, a Graça Divina, o fruto de Vossas Dores...

Pai Nosso ... 7 Ave-Marias... Glória.
"Salve Ó Mãe dolorosa , Amparo dos filhos amados, dai-nos por Vossas Dores, a dor de nossos pecados."
RESOLUÇÃO: Evitarei hoje, em honra desta Segunda Dor, todas as ocasiões de pecado, fugindo de todas aquelas pessoas que murmuram... 
3º Nossa Senhora perde o seu Divino Filho por três dias. 
Mãe Santíssima das Dores, Minha Dulcíssima Rainha, ouço os angustiados suspiros com que, por três dias contínuos debulhada em prantos, buscais o Vosso Amável Filho, sem que entre conhecidos e parentes tenhais novas Dele... Reparti comigo esta Dor Prolongada, alcaçando-me a dor de o haver tantas vezes perdido pelo pecado, e a Graça de nunca mais me apartar Dele até que (pelo Vosso Coração Imaculado, venha a)me unir a Ele para sempre no Céu.

Pai Nosso ... 7 Ave-Marias... Glória.
"Salve Ó Mãe dolorosa , Amparo dos filhos amados, dai-nos por Vossas Dores, a dor de nossos pecados."
RESOLUÇÃO: Pedirei hoje muitas vezes ao dia a Nossa Senhora, pelos méritos desta Terceira Dor, a Graça de fazer as minhas ações para a Glória de Deus... 
4º O encontro com Nosso Senhor todo flagelado e carregando a sua pesadíssima Cruz nas costas. 
Mãe Santíssima das Dores e minha Terna Senhora, escuto Vossos soluços por entre o tropel do povo e soldados, buscando o Vosso Jesus, e o encontrais aí Senhora! curvado debaixo do grande madeiro, esvaído de forças, lançando-lhes (aos Seus algozes) olhares de compaixão, que dobram a Vossa amargura ... Reparti comigo a Vossa arcebíssima Dor, alcançando-me a Graça de conhecer a malícia dos meus pecados, com que oprimi o ombro de Vosso Jesus, e o Vosso Terníssimo Coração...

Pai Nosso ... 7 Ave-Marias... Glória.
"Salve Ó Mãe dolorosa , Amparo dos filhos amados, dai-nos por Vossas Dores, a dor de nossos pecados."
RESOLUÇÃO: Em honra desta grande Dor de Nossa Senhora, eu rezarei hoje muitas vezes o ato de contrição, pedindo a Jesus crucificado, que por esta Dor de Sua Mãe, imprima em minha alma o horror ao pecado... 
5º A bárbara crucificação e morte de seu Divino Filho. 
Mãe Santíssima das Dores, minha Amabilíssima, que vejo neste momento! O Vosso Divino Filho alçado em uma Cruz, pendente de três cravos, morrer depois de três horas de uma tormentosa agonia ... Reparti comigo, Aflitíssima Mãe, a Vossa Dor, alcançando-me a Graça de morrer na santa amizade de Deus, e em Vossos Santíssimos Braçõs dizendo: "- Jesus e Maria , eu Vos dou o meu coração e a minha alma..."

Pai Nosso ... 7 Ave-Marias... Glória.
"Salve Ó Mãe dolorosa , Amparo dos filhos amados, dai-nos por Vossas Dores, a dor de nossos pecados."
RESOLUÇÃO: Em honra desta Dor de Nossa Senhora, farei hoje muitos atos de amor a Jesus e a Maria, invocando os merecimentos da Paixão e Morte de Jesus, ofertando-os ao Pai Eterno em desconto dos meus pecados e pedindo-Lhe, uma santa morte. 
6º Nossa Senhora recebe em seus braços seu Filho inteiramente chagado e transpassado pela lança. 
Ó Mãe, a mais amargurada de todas as mães, vejo-vos tomar o Vosso Divino Filho em Vossos Braços, mas Ele está Morto...Ó que imensa Dor! Sois aqui a Rainha dos Mártires! À Vossa Dor, não há dor que se possa igualar! É um imenso mar de amarguras... Reparti comigo a Vossa Dor, alcançando-me o dom das lágrimas , e a compaixão pelos sofrimentos do Vosso Divino Filho, meu Salvador... Fazei com que esta Vossa Dor penetre bem no íntimo de minha alma e me dê a fome de receber a Imaculada Comunhão.

Pai Nosso ... 7 Ave-Marias... Glória.
"Salve Ó Mãe dolorosa , Amparo dos filhos amados, dai-nos por Vossas Dores, a dor de nossos pecados."
RESOLUÇÃO: Durante este dia irei em espírito muitas vezes ao Calvário e alí, aos pés da Cruz, vendo Nossa Senhora com Jesus em Seus Braços, Lhe pedirei que me abrase em desejos da Sagrada Comunhão e me purifique nas Chagas de Jesus... 
7º Nossa Senhora acompanha o seu Divino filho à sepultura. 
Ó Mãe Querida das Dores, minha Mãe Dolorosíssima, chegou finalmente ao termo a Vossa Dor... O Vosso Coração transborda aqui de amarguras! Ficais na mais desolada viuvez... Reparti comigo esta Dor sem alívio, alcançando-me a Graça de viver suspirando pelo Céu, onde poderei contemplar a Jesus, já sem véus, e a Vós, Mãe Querida do Belo Amor...

Pai Nosso ... 7 Ave-Marias... Glória.
"Salve Ó Mãe dolorosa , Amparo dos filhos amados, dai-nos por Vossas Dores, a dor de nossos pecados."
RESOLUÇÃO: Pedirei hoje muitas vezes a Nossa Senhora, que por esta Dor, me desprenda das coisas da terra, e me dê o desejo do Céu...
Rezar Três Ave Marias em reverência às Lágrimas da Santíssima Virgem para lucrar as Indulgências concedidas pelos Sumos Pontífices, impetrando-lhe verdadeira dor de nossos pecados. 
Oração final:  
"Dai-nos, Senhora a Graça de compreender o oceano de angústias, que fizeram de Vós a "Mãe das Dores", para que possamos participar de Vossos Sofrimentos, e Vos consolemos pelo nosso amor e nossa fidelidade. Choramos Convosco, Ó Rainha dos Mártires, na esperança de ter a felicidade de um dia nos alegrarmos Convosco no Céu... Perante a Vossa Clemência , nós Vo-lo pedimos, Senhor Jesus Cristo, interceda por nós, agora e na hora da nossa morte, a Bem-Aventurada Virgem Maria, Vossa Mãe, cuja Alma Santíssima foi transpassada por uma 'espada de Dor'... Por Vós Jesus Cristo, Salvador do mundo, que, com o Pai e o Espírito Santo, Viveis e Reinais por todos os séculos dos séculos... Amém.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Virgem do Silêncio


Virgem do Silêncio - Adrielly Lopes


Nossa Senhora Virgem do Silêncio,
Quero sempre te amar,
Deitar no teu colo, sentir teu perfume,
Teu carinho materno ganhar.
(2x)

Lágrimas de sangue nos teus olhos,
Estígma e martírio da alma.
Mãezinha minha vida,
Pra igreja quero consumir.
Quero estar ao teu lado na cruz
Sofrendo as dores de Jesus
E dizer que na loucura da cruz vou seguir.

O Céu É Tua Casa


O Céu É Tua Casa
Composição: Fábio de Melo

Quem foi que disse que é o fim
que não há nada a fazer
E que o sol não vencerá a madrugada

De onde vem esta voz
que resolveu te mentir
e que insiste em condenar teu coração

Acima do chão existe o céu
Acima do não existe o sim
Depois dessa curva eu sei
Que existe nova estrada

Acima do medo está o amor
Acima da queda o teu Senhor
Sorrindo a dizer-te: vem, o céu é tua casa!

Levante os olhos, vê além
Não te condenes por perder
Mais importante é ver que há luz no fim da estrada

Se no seqüestro da emoção
Perdeste o próprio coração
Recorda-te que Deus te fez pra liberdade

Desconsidera o que passou
Põe teu olhar no que será
Portas abertas: vem, o céu é tua casa!

O Céu ...


domingo, 25 de março de 2012

Dimensão litúrgica do canto

Para ser um ministro de música não basta conhecer a animação litúrgica ou estar inserido em uma comunidade de crescimento. O animador deve estar totalmente inserido na realidade pastoral e missionária da nossa Igreja.
É importante que cada animador se pergunte: Que tipo de discípulo eu sou? Em meu canto ecôo a voz de Deus? Por meio da minha voz ou meu instrumento, a comunidade sente-se motivada a elogiar o Autor que age em mim?
É fundamental que cada católico se pergunte: Será que eu estou colocando Jesus Eucarístico a minha frente? Ou eu estou querendo me colocar a frente Dele?



Momentos da liturgia


"A liturgia, como exercício da função sacerdotal de Cristo, comporta um duplo movimento: de Deus aos homens, para operar a sua santificação, e dos homens a Deus, para que eles possam adorá-lo em espírito e verdade."

Por isso a liturgia, de um modo geral, pode ser entendida como um diálogo entre o Deus-Trindade e o Homem-Comunidade. Este diálogo é composto de vários momentos. Cada momento tem o seu "espírito" próprio, seu sentimento peculiar, e portanto uma expressão diferenciada. Ninguém pede perdão de forma triunfal, nem dá um Viva tímido. Cada momento da liturgia exige um tipo de expressão musical. Sem conhecer o espírito de cada momento do diálogo litúrgico, corremos o risco de dar um Viva tão tímido que ninguém se sinta estimulado a responder.

Para melhor conhecer as diversas expressões e celebrações litúrgicas deveremos estudá-las com atenção e objetividade. Neste espaço estudaremos aquela que é o ápice da vida cristã: a Celebração Eucarística.

Cada Música da Celebração Eucarística tem seu papel e Inspiração própria de cada momento litúrgico dentro da celebração. Estes momentos são os seguintes:

1. Ritos iniciais

Preparação

É um momento que foi esquecido durante algum tempo e agora está voltando ao uso. Enquanto alguns "acolhem" os irmãos que estão chegando para a festa da Eucaristia, o ministro de música pode preencher o ambiente com um solo instrumental. Alguns neste momento costumam ensaiar as canções que farão parte da celebração. Pode-se também colocar um disco de meditação, ou das músicas que se irá ensaiar. O importante é criar um ambiente de vida, pois é Cristo, Verdade e Vida, que iremos celebrar.


Entrada

Toda a assembléia, unida em uma só voz, canta a alegria festiva de reunir-se como irmãos em torno do Cristo. Esta canção deve deixar claro para toda a assembléia, que festa, ou mistério do Tempo Litúrgico (A segunda "perna" do tripé litúrgico") iremos celebrar. Todo o povo deverá ser envolvido na execução desta canção.

A primeira impressão sempre marca todo o relacionamento. Assim também o canto inicial marcará toda a celebração.

Os instrumentos terão a função de unir, incentivar e apoiar o canto. Não deverão cobrir as vozes dificultando a compreensão do texto. Ninguém participa de uma celebração para ser admirado, ou para aumentar seu ibope na comunidade. "Tocar na Missa" é um serviço e uma oração. Todo este canto como a procissão do sacerdote não deverão ser demasiado longas. O canto deve terminar quando o sacerdote chega ao altar.


Ato Penitencial

Neste canto aclamamos a Cristo como "Nosso Senhor" e lhe pedimos perdão. É um canto de repouso. Sua melodia deve traduzir a contrição de quem pede perdão. Todo o povo deve participar deste canto, mas admite-se um diálogo solista-povo.

Não é necessário que este canto seja muito "Florido". A simplicidade é a melhor forma de expressar o arrependimento. O instrumentista deve traduzir este espírito de confiança e invocação acompanhado de modo suave, quase imperceptível. Para isto pode-se até excluir a percussão deste momento.

Glória

Esta é a canção da alegria, o canto que os anjos e pastores cantaram para saudar o nascimento do redentor (cf. Lc 2,14). Desde o século IV que os cristãos cantam. Houve uma época que só os bispos o podiam cantar. Hoje recomenda-se que toda assembléia cante o "glória" com ânimo e alegria. Para isso é útil bater palmas, erguer os braços, repicar os sinos expressando Glória a Deus nas Alturas ... Mas é importante não esquecer duas coisas: Que o canto e suas expressões devem seguir a realidade da assembléia; que continuamos com os pés no chão, e que o nascimento de Cristo hoje depende de nossa boa vontade.

Este canto é excluído no advento e na quaresma, nos outros tempos deve ser executado e de preferência "Cantado". Não é bom que seja parte exclusiva do coral. Este poderá cantá-lo em diálogo com o povo.

O glória "não constitui uma aclamação trinitária", Mas deve ser antes de tudo uma manifestação da louvor a Deus-Pai e ao Cordeiro.

Os instrumentos têm papel importantíssimo neste canto. A percussão poderá ser bem explorada. É claro que a "parte não deverá sobressair em detrimento do todo", mas neste canto os instrumentos poderão destacar-se um pouco mais.

II - Liturgia da Palavra

Salmo Responsorial

Dentro do diálogo litúrgico, este canto é a resposta da assembléia ao Deus que falou na primeira leitura. Como diz o próprio nome, trata-se de um salmo, no entanto admite-se também um canto de meditação, contanto que seja de origem bíblica e signifique uma resposta coerente com a proposta divina expressa na primeira leitura. Este canto não deveria ser nunca excluído pois é de grande importância à liturgia da palavra.

Pode ser executado por um solista nas estrofes com a adesão de toda a assembléia no refrão. O acompanhamento dos instrumentos deve ser discreto, exceto quando o salmo for festivo e acompanhado por todo o povo.

Aclamação ao Evangelho

Geralmente (menos no advento e na quaresma) a aclamação mais usada é o Aleluia, seguido de uma pequena estrofe que prepara a leitura do Evangelho. Não é um canto obrigatório mas sendo executado, é preciso que seja uma aclamação pessoal e comunitária ao Verbo de Deus . Ao contrário do Salmo, este canto permite movimento e participação vibrante dos instrumentos. Poderá haver solista, mas o Aleluia deverá ser cantado por toda a assembléia.

Depois da Homilia

Em missas com crianças, ou em outras celebrações onde a reflexão silenciosa seja difícil, pode ser entoado um cântico, no estilo do Salmo Responsorial, que venha a trazer uma manifestação em sintonia com o tema do evangelho.

Profissão de Fé

O Creio é uma resposta de fé e de compromisso da comunidade e do indivíduo à palavra de Deus. Nele recordamos toda a história da salvação. Por isso não convém a utilização de formas abreviadas que sejam profissão de fé, mas que não resumam a fé cristã. Quando cantada, deve contar com a participação de todo o povo. No entanto pela estrutura rítmica da letra, isso se torna muito difícil. Uma opção seria cantar um refrão popular, entre uma recitação e outra do Creio.

Oração dos Fiéis

Esta oração poderá adquirir um tom mais solene quando cantada. As invocações devem ser executadas por um solista, ao que o povo responde cantando. Aqui a participação dos instrumentistas é suavíssima e até dispensável, podendo ser usado apenas o teclado com som de órgão.

III - Liturgia Eucarística

Preparação das oferendas

Este é um dos cantos menos importantes da missa. Neste momento nos preparamos para oferecer ao Pai, o Cristo "ao qual nos unimos oferecendo nossas vidas, nosso corpo como culto espiritual agradável a Deus". Portanto, o grande ofertório da missa é após a consagração quando já não oferecemos o pão, o vinho, nossa vida, nosso trabalho, mas o próprio Cristo e todo o resto transfigurado "Por Ele, com Ele e n’Ele".

Durante o canto de ofertório normalmente também ocorre a coleta , momento em que colocamos um pouco do que é nosso em comum. Portanto o objetivo do canto "de ofertório" é criar uma atmosfera de alegria, partilha e generosidade. Pode-se dispensar o canto e os instrumentos fazerem um solo apropriado para o momento litúrgico. Ou ainda participar com um canto de oferta que o povo não conheça, desde que este não venha a distrair a atenção do povo.

Oração Eucarística

Tanto o diálogo introdutório, como o prefácio e demais orações podem ser cantados e dependendo da sintonia entre músicos e celebrante, podem ser acompanhadas pelos instrumentos. Desde que o celebrante ache conveniente e sinta-se apto para isso.

Santo

É dos canto principais, se não o principal, da liturgia. Nele toda a assembléia se une aos anjos e santos para proclamar as maravilhas do Deus Uno e Trino. É o primeiro canto em ordem de importância. É o canto dos anjos (Is 6,2s) e também dos homens (Lc 19,38). Não teria sentido convidar os céus e a terra, os anjos e os santos para cantar em uma só voz, e depois somente um coral ou um solista executar o canto. Este é essencialmente um canto do povo. É indispensável a participação dos instrumentos para solenizar esta vibrante saudação: SANTO, SANTO, SANTO!

Aclamações em particular

Há uma série de aclamações durante a celebração eucarística que poderia ser cantadas. A Oração Eucarística V, por exemplo, permite algumas intervenções da assembléia. O mesmo pode afirmar da Oração Eucarística para missas com crianças, ou sobre a Reconciliação. O "Amém" poderia ser cantado muitas vezes, especialmente depois da doxologia (Por Cristo, com Cristo e em Cristo ...) que é o grande amém da missa.. Durante a consagração é melhor o silêncio, nem mesmo solos devem distrair a atenção da assembléia naquele momento. Pode-se cantar sim a aclamação após a consagração (Eis o mistério da fé ...).

Pai-nosso

O Pai-nosso cantado por toda a assembléia tem grande força e significado. É um dos grandes pontos da Missa, exprimindo de modo maravilhoso a comunhão entre os irmãos. Se não for cantado por todos, é preferível que seja recitado. Os instrumentos têm papel de sustentação, evitando distrair a atenção da oração.

Abraço da paz

É costume cantar uma canção alegre cuja letra lembre fraternidade e caridade como fundamento da vida cristã. Deverá ser uma melodia contagiante. Entretanto não é essencial que a assembléia cante.

Cordeiro de Deus

Esta prece, de origem Bíblica (Jo 1,29), faz alusão ao Cordeiro Pascal, que se imola e tira o pecado do mundo. Pode ser cantado pelo coral ou solista, mas a assembléia deve participar da última petição: dai-nos a paz.

Comunhão

É o canto mais antigo da missa. Por ele, através da união das vozes, queremos expressar nossa comum-união espiritual em torno de Jesus Cristo. Todos ao redor da mesma mesa, congregados numa mesma igreja, participam do mesmo pão. A função do canto de comunhão é alinhavar esta união.

É comum escutarmos que se deveria fazer silêncio durante a comunhão para que um pudesse se entreter num encontro pessoal com Cristo. Ë certo que a comunhão dos Cristãos é um ato pessoal, mas deve manifestar-se através de um ato comunitário. E o canto de comunhão deve propiciar esta manifestação de comunidade. Por isso todo o povo deve participar entusiasticamente deste canto.

O Silêncio Eucarístico necessário ao encontro e oração pessoal com Cristo se dá no próximo momento.

Ação de Graças

Após a comunhão a assembléia, em silêncio, adora e agradece a presença do Cristo Eucarístico. Após este breve silêncio pode-se cantar um salmo ou outro canto de louvor ou de ação de graças. Este canto não pode e não deve excluir o momento de silêncio após a comunhão.

É preferível que este canto seja breve e executado por todos. Por isso, também para os instrumentos, não convém longas introduções e interlúdios. É preciso que o ministro tenha a devida sensibilidade e discernimento para saber se este canto é conveniente em tal momento. Evite-se o canto de ação de graças quando a celebração já estiver por demais prolongada

IV - Ritos Finais

Canto Final

Antes da benção entoa-se uma ou duas estrofes de um canto alegre e que cause a última impressão que se irá levar da celebração. Pode ser executado com maestria, porém não deve ser muito prolongado. Um costume muito comum, é o de se aproveitar este canto final para fazer uma homenagem a Maria, mãe de Deus e nossa.


Após a benção pode-se continuar as demais estrofes do canto final, sem a necessidade da participação do povo. Utilizem-se todos os recursos disponíveis para que este encerramento crie a predisposição para o povo retornar à Festa Eucarística.

fonte:http://www.cantemos.com.br/